Poder de Deus ou "poder" dos amuletos?

É com muito pesar que constatamos que em muitas igrejas o culto cristão já perdeu o foco da adoração ao Senhor Jesus e metamorfoseou-se numa espécie de vitrine-show de bênçãos materiais obtidas através de rosas, fitinhas, trombetas, escudos, martelos e outros balangandãs que até nos deixam perplexos pela criatividade de seus criadores.

Parece-nos que a pregação genuína da Palavra já não é suficiente para atrair corações aos pés do Senhor. Contudo se acreditamos por axioma, ou seja, por premissa universalmente verdadeira sem exigência de demonstração, que a Palavra de Deus é viva e eficaz (Hebreus 4:12), a falha certamente está em obreiros que já não sabem mais o que significa ser instrumento e depender exclusivamente do agir de Deus em suas vidas. Assim, já não militam legitimamente (2 Timóteo 2:5), pois pregam um “evangelho capenga” que depende de moletas místicas a fim de que produza o re($)ultado esperado.

O profeta Habacuque já afirmava: “o justo pela sua fé viverá” (Habacuque 2:4b). Logo, sem fé o justo não vive, pois não pode agradar a Deus (Hebreus 11:6). O apóstolo Paulo também fala sobre isto, dizendo: “Porque andamos por fé, e não por vista” (2 Coríntios 5:7). Portanto, o cristão não depende de artifícios exteriores para crer ou mesmo para alcançar algo de Deus. Se não for assim tornamo-nos fariseus hipócritas, pois combatemos a idolatria, e paradoxalmente nos apegamos a amuletos “mágicos” capazes de nos proteger, trazer prosperidade, satisfação sentimental ou saúde.

Sejamos "radicais"! Voltemos às nossas raízes। Preguemos a Palavra sem mistura. Vivamos o Evangelho puro e simples que Jesus nos ensinou. Que nossa fé esteja firmada em Deus e no poder de sua Palavra, exclusivamente. Assim agradaremos ao Senhor e obedeceremos o que Jesus nos ordenou : “E Jesus, respondendo, disse-lhes: Tende fé em Deus” (Marcos 11:22).

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