A ressurreição de Jesus

“E, se Cristo não ressuscitou, logo é vã a nossa pregação, e também é vã a vossa fé” (1 Co 15.14)
Servimos a um Cristo que venceu a morte, removendo qualquer dúvida a respeito do Seu Reino. A ressurreição de Jesus é a razão de ser do cristianismo, o cerne da nossa fé. Ele mesmo deu testemunho de ser a ressurreição e a vida.
Se Jesus não estivesse vivo, seríamos como os idólatras que servem a deuses mortos que nada podem fazer por seus seguidores. Logo, nossa pregação perderia a eficácia.

.: A ressurreição profetizada
Os principais acontecimentos relacionados à vida terrena de Jesus foram revelados por Deus de maneira prévia a fim de calar qualquer argumento contrário à divindade de Jesus. A ressurreição de Jesus foi predita:
a) Pelo Rei Davi: “Pois não deixarás a minha alma no inferno, nem permitirás que o teu Santo veja corrupção”(Sl 16.10)
b) Pelo profeta Isaías: “quando a sua alma se puser por expiação do pecado, verá a sua posteridade, prolongará os seus dias; e o bom prazer do SENHOR prosperará na sua mão. Ele verá o fruto do trabalho da sua alma, e ficará satisfeito” (Is 53.10,11)
c) Pelo próprio Jesus: “Ora, achando-se eles na Galiléia, disse-lhes Jesus: O Filho do homem será entregue nas mãos dos homens; E matá-lo-ão, e ao terceiro dia ressuscitará” (Mt.17.22,23)
.: A ressurreição narrada
Os quatro evangelistas relatam com coerência, ainda que sob prismas diferentes, a ressurreição de Jesus.
a) Mateus: “E, no fim do sábado, quando já despontava o primeiro dia da semana, Maria Madalena e a outra Maria foram ver o sepulcro. E eis que houvera um grande terremoto, porque um anjo do Senhor, descendo do céu, chegou, removendo a pedra da porta, e sentou-se sobre ela. E o seu aspecto era como um relâmpago, e as suas vestes brancas como neve. E os guardas, com medo dele, ficaram muito assombrados, e como mortos. Mas o anjo, respondendo, disse às mulheres: Não tenhais medo; pois eu sei que buscais a Jesus, que foi crucificado. Ele não está aqui, porque já ressuscitou, como havia dito. Vinde, vede o lugar onde o Senhor jazia. Ide pois, imediatamente, e dizei aos seus discípulos que já ressuscitou dentre os mortos. E eis que ele vai adiante de vós para a Galiléia; ali o vereis. Eis que eu vo-lo tenho dito” (Mt 28.1-7)
b) Marcos: “E, no primeiro dia da semana, foram ao sepulcro, de manhã cedo, ao nascer do sol. E diziam umas às outras: Quem nos revolverá a pedra da porta do sepulcro? E, olhando, viram que já a pedra estava revolvida; e era ela muito grande. E, entrando no sepulcro, viram um jovem assentado à direita, vestido de uma roupa comprida, branca; e ficaram espantadas. Ele, porém, disse-lhes: Não vos assusteis; buscais a Jesus Nazareno, que foi crucificado; já ressuscitou, não está aqui; eis aqui o lugar onde o puseram. Mas ide, dizei a seus discípulos, e a Pedro, que ele vai adiante de vós para a Galiléia; ali o vereis, como ele vos disse” (Mc 16.2-7)
c) Lucas: “E no primeiro dia da semana, muito de madrugada, foram elas ao sepulcro, levando as especiarias que tinham preparado, e algumas outras com elas. E acharam a pedra revolvida do sepulcro. E, entrando, não acharam o corpo do Senhor Jesus. E aconteceu que, estando elas muito perplexas a esse respeito, eis que pararam junto delas dois homens, com vestes resplandecentes. E, estando elas muito atemorizadas, e abaixando o rosto para o chão, eles lhes disseram: Por que buscais o vivente entre os mortos? Não está aqui, mas ressuscitou. Lembrai-vos como vos falou, estando ainda na Galiléia, Dizendo: Convém que o Filho do homem seja entregue nas mãos de homens pecadores, e seja crucificado, e ao terceiro dia ressuscite” (Lc 24.1-7)
d) João: “E no primeiro dia da semana, Maria Madalena foi ao sepulcro de madrugada, sendo ainda escuro, e viu a pedra tirada do sepulcro. Correu, pois, e foi a Simão Pedro, e ao outro discípulo, a quem Jesus amava, e disse-lhes: Levaram o Senhor do sepulcro, e não sabemos onde o puseram. Então Pedro saiu com o outro discípulo, e foram ao sepulcro. E os dois corriam juntos, mas o outro discípulo correu mais apressadamente do que Pedro, e chegou primeiro ao sepulcro. E, abaixando-se, viu no chão os lençóis; todavia não entrou. Chegou, pois, Simão Pedro, que o seguia, e entrou no sepulcro, e viu no chão os lençóis, E que o lenço, que tinha estado sobre a sua cabeça, não estava com os lençóis, mas enrolado num lugar à parte. Então entrou também o outro discípulo, que chegara primeiro ao sepulcro, e viu, e creu. Porque ainda não sabiam a Escritura, que era necessário que ressuscitasse dentre os mortos” (Jo 20.1-9)
.: A ressurreição proclamada
A ressurreição de Jesus passou a ser a tônica da pregação do evangelho. Cristo e sua ressurreição estavam tão intimamente ligados que para alguns ouvintes parecia que os pregadores anunciavam a dois Deuses.
“E alguns dos filósofos epicureus e estóicos contendiam com ele; e uns diziam: Que quer dizer este paroleiro? E outros: Parece que é pregador de deuses estranhos; porque lhes anunciava a Jesus e a ressurreição” (At 17.18)
A ressurreição de Jesus foi proclamada:
a) Pelos apóstolos: “E os apóstolos davam, com grande poder, testemunho da ressurreição do Senhor Jesus, e em todos eles havia abundante graça” (At 4.33)
b) Por Pedro: Pedro, porém, pondo-se em pé com os onze, levantou a sua voz, e disse-lhes:... A este que vos foi entregue pelo determinado conselho e presciência de Deus, prendestes, crucificastes e matastes pelas mãos de injustos; Ao qual Deus ressuscitou, soltas as ânsias da morte, pois não era possível que fosse retido por ela” (At 2.14,23,24)
c) Por Paulo: “E, estando Paulo no meio do Areópago, disse: ... Porquanto tem determinado um dia em que com justiça há de julgar o mundo, por meio do homem que destinou; e disso deu certeza a todos, ressuscitando-o dentre os mortos.Homens atenienses, em tudo vos vejo um tanto supersticiosos” (At 17.22, 31)
.: Provas da ressurreição de Jesus
Somente a fé nos bastaria para aceitar a ressurreição de Jesus como verdadeira. Contudo Deus providenciou muitas e infalíveis provas para que até os mais céticos tenham seus entendimentos levados cativos à obediência de Cristo.
“Destruindo os conselhos, e toda a altivez que se levanta contra o conhecimento de Deus, e levando cativo todo o entendimento à obediência de Cristo” (2 Co 10.5)
Vejamos algumas destas provas:
a) O túmulo vazio. Esta talvez seja a mais contundente prova de que Cristo venceu a morte.
“E acharam a pedra revolvida do sepulcro. E, entrando, não acharam o corpo do Senhor Jesus” (Mt 24.2,3)
Os restos mortais de líderes e fundadores de religiões podem ser encontrados em suas respectivas tumbas, mas o sepulcro de Jesus, em Jerusalém, faz ressoar as palavras do anjo ditas às mulheres na manhã de domingo:
“Por que buscais o vivente entre os mortos? Não está aqui, mas ressuscitou” (Mt 24.5,6)
b) A grande mentira. Para evitar que a notícia da ressurreição de Jesus se espalhasse, os anciãos ofereceram propina aos guardas que vigiavam o túmulo de Jesus para que estes espalhassem o boato de que o corpo de Jesus fora roubado por seus discípulos. Será que se Jesus não houvesse ressuscitado, haveria a necessidade de ser invetada esta grande mentira?
E, quando iam, eis que alguns da guarda, chegando à cidade, anunciaram aos príncipes dos sacerdotes todas as coisas que haviam acontecido. E, congregados eles com os anciãos, e tomando conselho entre si, deram muito dinheiro aos soldados, dizendo: Dizei: Vieram de noite os seus discípulos e, dormindo nós, o furtaram. E, se isto chegar a ser ouvido pelo presidente, nós o persuadiremos, e vos poremos em segurança. E eles, recebendo o dinheiro, fizeram como estavam instruídos. E foi divulgado este dito entre os judeus, até ao dia de hoje” (Mt 28.11-15)
c) A mudança do dia de adoração. A comunidade cristã, como forma de desvincular-se do modelo de culto da antiga aliança trocou o Shabat (descanso, sábado) pelo Dies Dominica (dia do Senhor, domingo), marcado pela ressurreição e pelo derramamento do Espírito Santo.
“E no primeiro dia da semana, ajuntando-se os discípulos para partir o pão...” (At 20.7)
d) As aparições de Jesus. Antes de ser assunto aos céus, Jesus permaneceu por quarenta dias e manifestou-se pessoalmente a varias pessoas
- a Maria Madalena: “E Jesus, tendo ressuscitado na manhã do primeiro dia da semana, apareceu primeiramente a Maria Madalena” (Mc 16.9)
- às mulheres, junto ao sepulcro: “E, saindo elas pressurosamente do sepulcro, com temor e grande alegria, correram a anunciá-lo aos seus discípulos. E, indo elas a dar as novas aos seus discípulos, eis que Jesus lhes sai ao encontro, dizendo: Eu vos saúdo. E elas, chegando, abraçaram os seus pés, e o adoraram” (Mt 28.8,9)
- aos discípulos no caminho de Emaús: “E eis que no mesmo dia iam dois deles para uma aldeia, que distava de Jerusalém sessenta estádios, cujo nome era Emaús. E iam falando entre si de tudo aquilo que havia sucedido. E aconteceu que, indo eles falando entre si, e fazendo perguntas um ao outro, o mesmo Jesus se aproximou, e ia com eles. (Lc 24.13-15)
- a Pedro: “Os quais diziam: Ressuscitou verdadeiramente o Senhor, e já apareceu a Simão” (Lc 24.34)
- a cerca de quinhentos irmãos: “Depois foi visto, uma vez, por mais de quinhentos irmãos, dos quais vive ainda a maior parte, mas alguns já dormem também”(1 Co 15.6)
- a Tiago e a aos apóstolos: “Depois foi visto por Tiago, depois por todos os apóstolos” (1 Co 15.7)
.: Por que Jesus ressuscitou?
a) Para mostrar seu poder total sobre a morte: “porque dou a minha vida para tornar a tomá-la. Ninguém ma tira de mim, mas eu de mim mesmo a dou; tenho poder para a dar, e poder para tornar a tomá-la.” (Jo 10.17,18)
b) Para tomar as chaves da morte e do inferno: “E o que vivo e fui morto, mas eis aqui estou vivo para todo o sempre. Amém. E tenho as chaves da morte e do inferno” (Ap 1.18)
b) Para aniquilar o medo da morte: “Ele, porém, disse-lhes: Não vos assusteis; buscais a Jesus Nazareno, que foi crucificado; já ressuscitou, não está aqui; eis aqui o lugar onde o puseram” (Mc 16.6)
c) Para garantir nossa justificação: “O qual por nossos pecados foi entregue, e ressuscitou para nossa justificação”(Rm 4.25)
d) Para se tornar as primícias dos que dormem: “Mas de fato Cristo ressuscitou dentre os mortos, e foi feito as primícias dos que dormem” (1 Co 15.20)
e) Para nos garantir a ressurreição para a vida eterna: Porque, se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também aos que em Jesus dormem, Deus os tornará a trazer com ele” (1 Ts 4.14)
.: Conclusão
Durante toda a história bíblica, inclusive durante o ministério de Jesus, muitas pessoas ressuscitaram, no entanto, voltaram a morrer. A ressurreição de Jesus foi diferente. Ele ressuscitou para nunca mais morrer e garantir vida eterna para todos os que crerem no seu Evangelho.
“Disse-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá”(Jo 11.25)
Jesus está vivo. Hoje falei com Ele. Aleluia!!!
.: Bibliografia consultada:
BIBLIA. Português. Bíblia da Liderança Cristã [com notas e artigos de John C. Maxwell]. Versão Revista e Atualizada de João Ferreira de Almeida. Barueri: Sociedade Bíblica do Brasil, 2007.
BÍBLIA. Português. Bíblia Online. Versão Corrigida e Fiel (1994) de João Ferreira de Almeida. Disponível em . Acesso em 18-mar-08.
GOMES, Geziel. A doutrina da ressurreição [Lição 10]. In: ________. Doutrinas Bíblicas. Lições Bíblicas para Jovens e Adultos. Rio de Janeiro: Casa Publicadora das Assembléias de Deus, 2º trimestre de 2001, pp. 10-12.

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